Frutos do Bar

Imagino eu, que se você está lendo isso agora, certamente você não está num boteco. Probabelmente está em casa de vagabundagem ou na empresa fingindo que está trabalhando. Mas essa coluna é pra falar sobre os quitutes maravilhosos que são servidos nos botecos.

Quando eu era mais xóven, com uns 15 anos pra ser mais exacto, meu ideal de biritagem era aquele garrafão de vinho de L$ 3,90, tomado com os amigos na esquina de casa. Mas conforme o tempo vai passando, o gosto da pessoua muda. Eu não posso dizer que isso se deve ao amadurecimento do ser, já que eu não possuo maturidade nenhuma, mas acho que o paladar vai mudando mesmo.

Na verdade, a primeira fase foi a da Pinga mesmo. Pura! Ou como nós chamávamos: Xinga Xura! Aí depois acredicto eu que fomos pro vinho, vódega com qualquer refrigerante. Vódega com suco de laranja. Domec, e finalmente... Cerveja. E só Cerveja!

Evidentemente que a Cerveja esteve junto todo esse tempo, mas como ela sempre foi algo mais fraco e caro, sempre o preferível era comprar destilados ou grandes quantidades de vinho.

De qualquer forma, a idéia sempre foi bleber. Somente bleber! Hoje, pelo menos pra mim, a cerveja está directamente relacionada aos Frutos do Bar. É raro eu pensar que vou encher a cara determinado dia, e não pensar nos acompanhamentos que serão ingeridos com os vários litros de beras!

Lógico que é daí que vem a tal barriga de cervejeiro, que na verdade, não é causada pela cerveja, mas sim pelos acompanhamentos. Mas sejamos sinceros, foda-se a barriga de cervejeiro, bleber e petiscar estão entre as melhores coisas do mundo.

Dentre os Frutos do Bar que eu mais aprecio estão:

Rolmops: Uma sardinha enrolada numa cebola azeda de tudo. Nada melhor do que parar às 8hs da manhã na rodoviária de São Chico pra apreciar essa iguaria de café da manhã.

Carne de Onça: É incrible que eu via isso quando criança e achava nojento. Alguns anos depois, era toda a sexta no Bar do Virso, no Principado do Uberaba, pra comer uma. Depois passamos a saborear essa dilíça no Caboclinho do Uberaba, todas as terças. Dessa eu gosto tanto, que não deixo pra comer só em butecos. Quando dá vontade faço em casa também. No momento, destaco a Mercearia Fantinato como um ótimo lugar para se apreciar esse quitute em Curitiba.

Tábua de Frios: Putz, pena que é caro para caralho, mas a mistura de queijos, salames, pepinos e azeitonas sempre foi foda.

Amendoins: Japonês, Salgado e torrado, com casca ou sem, daqueles verdinhos, vermelhos apimentados, sempre foram um ótimo acompanhamento para a Cerveja. Mas não vamos esquecer das castanhas nesse bolo todo.

Porçãozinha de Calábria: Uma porçãozinha de Calabresa sempre foi uma boua pedida. Principalmente pusque não se come só por glutonice, ela realmente ajuda a combater a fome.

Claro que esses 5 tipos de Frutos do Bar são só a ponta do Iceberg, basta estar em um bareco para eu querer provar algo diferente da Gastronomia Butequeira. Se você ficou vontade de encher a cara e comer algum desses quitutes, não seja bobo, na primeira oportunidade, vá para um boteco e não deixe de pedir um belo prato de Frutos do Bar!

Na próxima coluna sobre os Frutos do Bar, falarei de pratos exóticos da Gastronomia Butequeira, tais como: Porçãozinha de Bico de Peito, Orelhinha de Frango, Girino Alho e Óleo e Minhoca na Mostarda.

Hoje é sexta garela, bora encher a cara de bera e a barriga de Frutos do Bar

Auiéis

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